Exerto do Conto extremadamente poético – josé luís montero
Aquilino Ribeiro é um dicionário; Começou a Viagem não passa de um livro de falsa viagem. Fumo; mal gasto o tempo a desenhar bolinhas a voar e a esfumar-se. Como; inverto o prazer. Amo; aniquilo o tempo. Apago o cigarro; descalço-me; levanto-me; visto as cuecas. Tenho um amigo que se chama Pascácio; acontece. Volto a fumar; dispo as cuecas. Quero praia; gosto de chuva. Surrealismo por extenso; banha na frigideira. Fialho de Almeida percebeu que a Galiza era um Continente. Eu não sou galego; nasci na Galiza. Tenho um amigo português que é galego; não sabe; pensa que veio de Paris; entrou em Portugal por Vilar Formoso. Amanhã é domingo, hoje é sexta-feira. Está a passar uma carroça cheia de cenouras. Quero estudar Italiano.
A estética dos Armazéns de Revenda, o vinho tinto e o Surrealismo Saloio do livro Começou a Viagem – josé luís montero
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Começou Viagem é o horrendo. Pertence ao labirinto; claustrofobia; a incerteza do perdido; raiva; apelo constante à Consciência; desespero; fatiga; desfalecimento; instinto de sobrevivência; Começou a Viagem é um livro Humano. Por isso tem flanela e seda. Por isso nasce entre tecidos de ceroulas e xales num Armazém de Revenda. É Surrealismo Saloio. Tem panos de cozinha entre as páginas; batom de loiras dos Cabeleireiros da Baixa Pombalina; peúgas zurzidas; pastéis de nata com salitre do Restelo; camisolas do Benfica; irreverências; referências; sonhos de Dalí; visões de Buñuel. É Livro; tem Ser.
Bebe vinho; emborracha-se com groselha; come salgados; lê o Jorge Sena; compra Enciclopédias; caminha sobre as águas; interioriza Emil Cioran; pratica o jogo da laranjinha; arregaça ideias; ama; aprofunda; é leviano; adormece com o Alberto Caeiro. Ler mais…
Autoentrevista a modo de sermão eufórico sobre o livro Começou a Viagem – josé luís montero
As duas caras comem caracóis numa esplanada de Alfama. Bebem vinho tinto; argumentam a que a cerveja só serve para salpicar os sapatos. A minha cara de parvo está eufórica; teve uma conversa profunda com o livro Começou a Viagem.
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A minha cara de parvo: Começou a Viagem só quer viajar para o Porto. Passa mais de oito dias de comboio e quando chega se não lhe oferecem uma francesinha, poisam-no ao pé de um prato de entremeada na grelha. Diz que depois de esse poisar não precisa pintar o cabelo, fica logo com manchas.
A minha cara (dês) tapada: ele gosta mais da viagem; desta vez foi sentado ao lado de uma mulher de Cantanhede que era uma brasa e levava com ela um garrafão de vinho da sua adega. Chegou ao Porto com manchas roxas. Teve um grande êxito. Ler mais…
Começou a Viagem- josé luís montero ( Poesia)
Começou a Viagem – josé luís montero ( imagens para um percurso )
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COMEÇOU A VIAGEM – josé luís montero ( Imagens e Confusões )
Começou a Viagem – josé luís montero (colagem)
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Poemas do Livro Começou a Viagem – josé luís montero
Começou a Viagem – josé luís montero
Começou a Viagem – josé luís montero
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Autoentrevista para contar a viagem do livro Começou a Viagem caminho do Porto e do Surrealismo Saloio – josé luís montero
Numa carruagem apinhada de computadores, gravatas e chuchas eletrónicas Começou a Viagem partiu caminho do Porto à procura de meia-dúzia de leituras. A viagem demorou sete comboios e várias pernoitas em apeadeiros. Ao terceiro comboio instalou-se o cheiro a cavalo.
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(Uma das minhas caras dormia; a outra fazia palavras cruzadas numa revista pornográfica.)
A minha cara de parvo: Com sete letras, como se diz: pene ereto?
A minha cara (des) tapada: Dadá diz: pau teso.
A minha cara de parvo: fumeiro. Orgia ou bacanal com sete letras?
A minha cara (des) tapada: Dadá diz: governo.
A minha cara de parvo: molhada. O comboio leva sandes de torresmos. Ler mais…